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Casta Brava

by O Marta

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1.
Dia 02:51
Hoje é dia de fazer as malas e voar daqui p’ra fora E só assim, vais ver como era bom poder ficar Eu já não sei se é do mau feitio Se continuar eu vou ficar comigo preso na cabeça Dera quem me dera Quem me dera ser forreta Assim não posso mais escapar Estou bem assim, estou bem assado E ninguém me quer aturar Quem me dera ser barato Assim todos me querem levar Eu sou assim, sou mal-olhado Bem complicado para me afastar Hoje é dia de levantar da cama Hoje é dia de lavar a roupa e o pijama Hoje é dia de dizer que não Hoje é dia do meu estado de confrontação Hoje é dia de andar às voltas à procura de quem me esqueço E só me lembro quando já é tarde p’ra encontrar uma solução Onde foi parar esta minha cabeça, Já troco tempos por cinzeiros e guitarras por canetas Dera quem me dera Quem me dera ser forreta Assim não posso mais escapar Estou bem assim, estou bem assado E ninguém me quer aturar Quem me dera ser barato Assim todos me querem levar Eu sou assim, sou mal-olhado Bem complicado para me afastar Hoje é dia de dizer que não
2.
Rapaz 04:00
A pergunta é simples e não faz questão Será que me liberto ou me enterre bem no chão Dizes que encontro sempre fraca solução Sou de casta brava feliz sem definição Assino paz no meu protesto E conto histórias sem finais felizes Eu só quero um final feliz Mas a mudança dá-me dores nas costas Prefiro olhar enquanto me despeço Já não digo adeus nem me confesso Se pedir perdão não é a deus Só a quem me arrastar para o sítio certo (refrão) Não sou capaz de saber se sou capaz, sou rapaz, serei eu mesmo capaz? Não sou capaz, de facto não sou rapaz. Não sou capaz de toda esta confusão A liberdade está só no meu coração De facto, não sou capaz de me tornar nesta canção A pergunta é simples e não faz questão Ao vasculhar a roupa vejo um mar incerto São tantas as cores que decido ir de preto Já não oiço punk mas vivo numa anarquia No meu quarto já não consigo ver o dia A frase já estou velho volta a repetir As dores nas costas insistem em persistir Está na hora de fazeres a cama menino traquina Sem a tua mãe por perto gritas democracia Nunca te apaixonas e só pensas em política Queres uma barca para porto certo, mas fazes da terra o teu inferno
3.
Sinceramente 03:42
Sinceramente, deixa-te em paz, tu não és impostor és da gente Pensas estar calado, mesmo a gritar pelo fim Que pressa é esta que agarra, converte e apaga a voz que há em mim Os heróis estão na cabeça e os vilões lá no salão Sou fraco se disser que não sou homem não Os heróis estão na cabeça e os vilões lá no salão A minha alma só se despe pela minha mão E só na poesia se escreve que o amor é sinónimo de paixão E na cabeça um grito, um grito que diz que não dá (Dá rá rá rá) Sinceramente, foge por ti, foge por mim, foge pelo demente Sinto-me mudado, mesmo sabendo que não há nada em mim Eu sei que é tarde, mas eu não quero lembrar de mim assim Tento aprender a esconder a razão que me fez livre Num país que não se vive, neste país que não se vive Recibos p’ra quem? Não me leves a mim também A cultura não é de mim nem é de ninguém A cultura não é de mim é de quem a tem Os heróis estão na cabeça e os vilões lá no salão Sou fraco se disser que não sou homem não Os heróis estão na cabeça e os vilões lá no salão A minha alma só se despe pela minha mão E só na poesia se escreve que o amor é sinónimo de paixão E na cabeça um grito, um grito que diz que não dá (Dá rá rá rá)
4.
Inferno 03:43
Eu amo-te quando não há cor E há guerra e dor A paz é a condição para a luta E o sangue não é razão É vermelho e negro Eu sorri com a faca no peito A abraçar o coração Coração sem jeito Fica nele se quiseres ficar Mas a pedra não ama nem se deixa espetar Amor é guerra e dor Amor a nossa guerra é dor Eu amo-te quando não há cor E há guerra e dor A paz é a condição para a luta E o sangue não é razão É vermelho e negro Eu sorri com a faca no peito A abraçar o coração Coração sem jeito Fica nele se quiseres ficar Mas a pedra não ama nem se deixa espetar Eu sorri com a faca no peito A abraçar o coração Coração sem jeito Fica nele se quiseres ficar Mas a pedra não ama nem se deixa espetar Eu sorri com a faca no peito
5.
Snoopy 05:47
Somos poeira, deserto e areia Somos soldados de camisa e meias Somos pintores, poetas e autores, Falsos políticos e comentadores Somos pintores de cabeças quadradas, Somos vencedores de palavras cruzadas Somos cantores de cantigas de amor Somos gatinhos doentes pequeninos Somos girassóis, virados para a lua Somos agarrados à vida de rua Somos vegetais, sem talo e flor Somos os restos em pratos sem cor Somos monstros amantes e amantes de monstros Somos cinderellas sem beijos e sem contos Somos abacates de rabos para a tv Somos telas em branco sem saber porquê Somos mentiras certas sempre à procura de lume, somos as acendalhas de todo este costume Eu quero ser o Snoopy, de pança pró ar, ninguém me vai chatear Eu quero ser um bacalhau, salgado e mau, salgado e mau Eu quero ser o Snoopy, de pança pró ar, ninguém me vai chatear Eu quero ser um bacalhau, salgado e mau, salgado e mau De manhã eu durmo eu não madrugo, de tarde fumo páginas sem rumo, de noite faço cara de palhaço e amadrugada de ressaca da felicidade barata, eu quero ouvir a voz dela outra vez a dizer tu consegues, não vivas correndo do medo, eu quero ver contigo outra vez o nascer do sol, no carro de portas aberta, sem necessidade de ver carneirinhos no céu, só tu e eu, só tu e eu Numa casa branca e vermelha, junto à areia, com um cão branco preto Eu quero ser o Snoopy, de pança pró ar, ninguém me vai chatear Eu quero ser um bacalhau, salgado e mau, salgado e mau Quero-te + Numa casa
6.
Vilão 02:59
Eu decidi ser um vilão Poder errar e dizer não E se me quiseres contrariar Fica à vontade para me despachares Já não ligo a velhas novidades Notícias e falsidades Eu decidi ser um animal Poder ser livre e cheirar mal E se me quiseres prender Levar-me para casa e aborrecer Dás-me festinhas, chamas me leão Depois do beijo já me chamas cão Só contando histórias A vida pode mudar Infelizmente a seres tu próprio Vão te julgar Não, digas não ao teu amor Seja ela todas as cores Não és tu que vais mudar Eu decidi ser bem comum virei doutor comprei-te a casa Agora deixa-me ser o mestre da procrastinação E se me quiseres arrastar, mal de unhas me vais ver ficar Elevas a loucura ao ponto da bondade Não sou genérico para a felicidade Eu decidi ser quem eu sou tirei a máscara e fiz cara feia Isto sou eu e estou bem assim pra mim E se me quiseres modificar Trocar de peças e me enferrujar És um malandro ser autoritário Ora me queres, ora me empurras, ora me feres, ora me curas e agora? Só contando histórias A vida pode mudar Infelizmente a seres tu próprio Vão te julgar Não, digas não ao teu amor Seja ele todas as cores Não és tu que vais mudar
7.
Homem Triste 03:57
Contigo só, aparento ser livre, sou livre de ninguém e ninguém me quer ver só Eu sou mal-humorado e ganho o gosto por fingir Eu não sei o que quero só penso em fugir Mas a venda nos meus olhos não me deixa Sufoca-me as ideias Quando procuro por ti (2x) Quero ver tirar esta venda em brasa, Quero ver, encontrar o que me atrasa Se não há tempo, deixa o tempo em casa Se não te amas, deixa a vida amar-te Anda lá que só são ursos e palhaços Anda lá que só são ursos e palhaços Sou um mero homem triste oioai Deixa-me ser, sentir, não me deixes fugir E o teu amor não me deixou melhor Não és homem triste, só choras se quiseres (x2) Quero ver tirar esta venda em brasa, Quero ver, encontrar o que me atrasa Se não há tempo, deixa o tempo em casa Se não te amas, deixa a vida amar-te Anda lá que só são ursos e palhaços Anda lá que só são ursos e palhaços Sou um mero homem triste oioai Deixa-me ser, sentir, não me deixes fugir E o teu amor não me deixou melhor
8.
Povo 05:00
Povo é o nome desta gente, O seu rosto são cantigas de uma voz Somos entre todos uma frente Frente esta que grita dentro de nós Povo é o nome desta gente Ai amor faz deste nome meu e teu Se não quisermos continuar em frente Sonharemos pela força que virá agora, está na hora Povo pequenino porque é que lavras Ai amor não sei, não sei, É que o povo já não canta Povo é o nome desta gente, O seu rosto são cantigas de uma voz Somos entre todos uma frente Frente esta que grita dentro de nós Povo pequenino porque é que lavras Ai amor não sei, não sei, É que o povo já não canta

credits

released March 22, 2024

Composição e Letras por Guilherme Marta
Produção e Gravação por Guilherme Marta e Tomé Silva
Assistência técnica por Leonardo Patrício
Mistura por João Bessa
Masterização por Miguel Marques
Instrumentistas:
Luís Sousa (bombos), Ricardo Pereira (bombos), Tomé Silva (Vozes, Baterias, Percussões e Sintetizadores), Guilherme Marta (Vozes, Guitarras elétricas, Samples e Sintetizadores), João Barreirinhas (Guitarra Portuguesa), Francisca Tadeu (Flautas), Pedro Gonçalinho (Saxofones), Rafael Moreira (Trompete), Pedro Novo (Vozes e Baixo elétrico), Leonardo Patrício (Vozes e Piano), Rúben Dias (Vozes), Sara Machado (Vozes), Mariana Costa (Vozes), Isabella Rollim (Vozes), Rita Melo (Adufes), Ricardo Santos (Adufes), Sara Barros (Adufes), Sofia Mestre (Adufes), Bárbara Trabulo (Adufes), Diana Ferreira Martins (Adufes).
Design por Beatriz Teixeira

Agradecimentos à Catarina Silva, Maria Nogueira, Pedro Rafael, Nuno Leocádio, Isabel Bicho e Ricardo Rodrigues

Com o apoio da CM Viseu e XIBITA

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O Marta Porto, Portugal

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